Alguns acontecimentos da última semana e uma história emprestada fizeram com que a música do Cazuza voltasse a tocar no rádio do meu carro. "Tentar ficar amigos sem rancor" parece ser o clichê mais antigo dos términos de relacionamentos... Independente do rótulo que carregaram - namoro, casamento, rolo, pegação, sacanagem, esporte - as coisas sempre acontecem entre duas pessoas. Por mais frias, parasitas e oportunistas que possam ser, deve existir algum sentimento em jogo... Mesmo que seja do tipo mais podre possível.
São raras as histórias de amizade pós-relacionamento bem-sucedidas que eu conheço. Na verdade, não conheço nenhuma. Fica sempre aquela dúvida sobre o papel de cada um e sempre resta alguém para fazer as vezes de massageador do ego alheio. Ao outro, cabe a função de estar disponível para ser amigo quando é conveniente. É uma relação de dependência pré-acordada de maneira tácita quando são ditas as palavras-chave de todo fim: "precisamos conversar" significa, na verdade, "não quero mais nada com você, mas podemos fingir que somos amigos e manter um canal de comunicação para termos alguma coisa num futuro possível...". E tem sempre alguém que aceita isso feito babaca.
Normalmente, é aquela pessoa que realmente acredita no futuro da pseudo-amizade. Pergunta como está a família, o cachorro, as aulas de yoga, o novo curso de origami e até se aventura numa conversa sobre relacionamentos atuais. Sempre de maneira superficial o suficiente para não impedir que o tal do "futuro possível" aconteça. Scripts previsíveis que, na verdade, passam longe dos finais felizes hollywoodianos, mas parecem trazer alguma coisa inédita... Pelo menos para os protagonistas da vez.
É por essas e outras que da próxima vez que alguém me propuser uma amizade pós-alguma-coisa eu vou encher o peito de coragem e vou dizer:
- Não, obrigada. Estou bem de bons amigos...
(Mesmo que seja só em pensamento...)
São raras as histórias de amizade pós-relacionamento bem-sucedidas que eu conheço. Na verdade, não conheço nenhuma. Fica sempre aquela dúvida sobre o papel de cada um e sempre resta alguém para fazer as vezes de massageador do ego alheio. Ao outro, cabe a função de estar disponível para ser amigo quando é conveniente. É uma relação de dependência pré-acordada de maneira tácita quando são ditas as palavras-chave de todo fim: "precisamos conversar" significa, na verdade, "não quero mais nada com você, mas podemos fingir que somos amigos e manter um canal de comunicação para termos alguma coisa num futuro possível...". E tem sempre alguém que aceita isso feito babaca.
Normalmente, é aquela pessoa que realmente acredita no futuro da pseudo-amizade. Pergunta como está a família, o cachorro, as aulas de yoga, o novo curso de origami e até se aventura numa conversa sobre relacionamentos atuais. Sempre de maneira superficial o suficiente para não impedir que o tal do "futuro possível" aconteça. Scripts previsíveis que, na verdade, passam longe dos finais felizes hollywoodianos, mas parecem trazer alguma coisa inédita... Pelo menos para os protagonistas da vez.
É por essas e outras que da próxima vez que alguém me propuser uma amizade pós-alguma-coisa eu vou encher o peito de coragem e vou dizer:
- Não, obrigada. Estou bem de bons amigos...
(Mesmo que seja só em pensamento...)
5 comentários:
Splach... estapei moça, mas não tapeie o coração. A nova cidade é Ribeirão Preto. A natal é Rio Claro. Essas quatro palavras fazem de você a pessoa que mais sabe sobre minha verdadeira vida, um tanto auto-biográfico e, permita-me parasitá-la, muito pessoal. As vezes me imagino te observando no metrô azulado do Rio de Janeiro. Passei uns dias em Botafogo, algo não saudoso, mas tua terra e tua gente é linda e você também. Fique bem...
Olá, lembra de mim?
Já escreveu um livro? Amo tudo o que você escreve. Sou sua fã.
Bjs, Maria Eduarda
;)
Boa!
a foto é genial!
ja conhecia ela do site do adriano. deixo aqui:
www.olhares.com/rambaldi47
http://adrianoogrande.blogspot.com
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