quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Guerra vencida...

Quando me perguntam sobre como lidei com as saudades no período em que estive longe de casa, vejo que consegui tirar de letra o possível problema. Pai, mãe, irmãos, requeijão, praia 365 dias no ano, samba... Tudo faz falta, mas é completamente suportável quando se tem data para voltar.

De uma coisa, no entanto, eu não senti a menor falta. BARATAS. Não vi nada que chegasse aos pés disso no velho mundo. Nem umazinha para contar história. Foi o máximo. Vivia em paz e nem tinha inseticida em casa pelo simples fato dessa espécie nojenta não existir por lá. O problema foi a volta.

Apesar de todos os avisos sobre a readaptação, não imaginei que isso seria tão difícil. Como é possível conviver tão pacíficamente com coisas tão asquerosas?!? Não é medo... É nojo. Parece que elas estão em todos os cantos, prontas para incomodar só pelo fato de se fazerem visíveis. E só a possibilidade de dar de cara com uma delas já me deixa tensa... Outro dia abri mão do meu banheiro por causa da imponente presença: não vou disputar espaço com elas. Perco a guerra e ainda anuncio no jornal do dia seguinte.

Neste exato momento, pareço uma maluca encolhida na cadeira, com duas embalagens de inseticida ao alcance das mãos... Depois de uma aparição que me tirou o sono, enchi o peito de coragem e enfrentei a coitada de frente. Não sem antes tentar pedir ajuda para o homem que estivesse mais perto, claro. Ao que parece, as baratas não incomodam tanto o sono do meu irmão...

Definitivamente, Portugal tinha suas vantagens...

2 comentários:

Anônimo disse...

São insetos que, eventulamente, por simples tédio, vão acabar dominando o mundo. Até lá acredito que elas se divertiram muito com a nossa espécie...ou talvez não...

Filoxera disse...

Cada um dos países terá uma série infinita de vantagens, acredito.
Beijos.