Noites do Parque...

Sem o toque especial das tradições que cercam todos os outros eventos da Queima das Fitas, as noites do Parque não passam de uma festa universitária em maior escala. Com shows de grandes nomes - que este ano ficaram só na promessa - o recinto ainda tem mais de três tendas com músicas diferentes e muitos estudantes. Apesar de não ser nada de novo, é inegavelmente divertido, ainda mais quando se tem um grupo animado composto por baianos, italianos, espanhóis, cariocas e o que mais aparecer...
As festas de Coimbra são muito diferentes de qualquer chopada carioca e, talvez por isso mesmo, sejam tão divertidas. O único problema é que mesmo na maior festa da cidade parece ser quase impossível ver gente nova... Os rostos se repetem, as músicas são as mesmas e as histórias também. O anonimato numa festa dessas é muito improvável e, no dia seguinte todos já sabem do que aconteceu e do que deixou de acontecer dentro e fora do recinto. Numa das noites fui abordada por um amigo do amigo que sabia tudo e mais um pouco sobre mim. São as desvantagens de uma cidade pequena... Mesmo assim, o convite geral - que garante entrada a todos os dias do Parque - faz a alegria de todo estudante de Coimbra. Não vi nenhum show do palco principal, com exceção do meloso André Sardet. Amiga que é amiga acompanha em todos os momentos e, por isso, lá fui eu com as meninas ouvir as músicas sempre iguais do Daniel português... A única banda que eu realmente queria ver vai ter que esperar por uma próxima oportunidade: a caminho do Parque, já ouvindo Xutos & Pontapés no palco, uma mensagem fora de hora sempre faz alguém ter que voltar à Portagem. E aí, começa tudo de novo...