- Quem? Eu?
- É. Você.
- Não.
- Por quê não?
- Porquê eu não te amo.
- Ama sim. Só não sabe.
- Não amo. Você é o anti-eu.
- Por isso mesmo... Casa, vai?
- Nunca.
- "Nunca diga nunca".
- Tá vendo? Você é a rainha dos clichês. É impossível viver com alguém assim.
- Não estou pedindo para você viver comigo. Estou falando de casamento...
- E qual a diferença?
- Casamento não é vida. É sobrevida...
- Anh?
- É... É aquela coisa para a qual você volta no fim do dia, quando tudo o que tinha que ser feito já está terminado. É por isso que eu vou casar com você: você sempre volta.
- Isso não é casamento. Isso é tédio.
- Fica entedidado comigo, então?
- NÃO! Será que além de maluca, você é surda?
- Tá vendo? Você me ama...
- ...
- Se não amasse, não estaria aqui até agora, tentando me convencer de que não me ama. Você teria virado as costas depois da primeira pergunta... Você é burro?
- Eu sou maluco... Isso, sim! Ainda dou papo para você e para as suas ladainhas infundadas...
- Você ama as minhas ladainhas infundadas. Não ama?
- ...
- ...
- Amo. Caso contigo. Fico entediado contigo.
- Jura?
- Sério! Amo mesmo. Você está certa, se eu não te amasse, não estaria aqui.
- Agora eu não quero mais.
- O que? Como assim?
- Você muda de idéia muito fácil. A rainha dos clichês não pode casar com o influenciável. Seria um estereótipo em forma de casal. E o mal do clichê é achar que é original.
3 comentários:
Carla, e ainda tem gente que busca nos livros de clichês as curas de que precisa... até mesmo seus maridos. Já tô virando fã...
Adorei as reticencias! Acho q elas falam tanto. Adoro qndo usam!
Bj
Passei para te desejar um bom fim de semana...
Postar um comentário