sábado, 28 de abril de 2007

Tulipas e Terceira Idade...

Desde que chaegamos a Amsterdam, Laura só falava dos campos de Tulipas e das benditas flores... Convencidos de que seria um dia em cenário televisivo e que ela poderia correr como protagonista de novelas pelos hectares coloridos, entramos num trem para Lisse, cidade próxima de Amsterdam, rumo ao Keukenhof. 32 hectares só de flores, dos mais variados tipos e cores era o que se via no parque, que só abre durante dois ou três meses por ano. Para os amantes da Natureza e das cores, vale muito a pena. Do alto do Moinho, no entanto, reparamos que devíamos ser o grupo mais jovem de toda a tração turística. Já era previsível, mas ninguém conseguiu imaginar a cena antes de chegarmos ao local: quem pensava que Copacabana era o espaço com a maior concertação de idosos do mundo, enganou-se redondamente. Para todos os lados, eram cabeças brancas e rodas, substituindo as pernas já cansadas pelo tempo. Não sei se foi o cheiro forte que vinha de todos os canteiros, mas a parte das dores de cabeça temporárias, conseguimos dar muita risada da situação, até desistirmos de encontrar os tais campos por onde a nossa Noviça Rebelde pudesse correr. Com direito à trens trocados e perguntas estúpidas a um desconhecido, chegamos inteiros a Amsterdam e ainda saímos pela noite. Acho que depois de perguntar em que cidade estávamos e descobrir que ainda estávamos na capital, ainda perguntei o horário do trem correto, sendo que a informação estava literalmente em cima da minha cabeça. O pulo da Juliana, assutada com um trem que passou numa velocidade considerável, ainda deve ter confirmado as suspeitas do rapaz. Com certeza, ele devia pensar que estávamos experimentando as drogas legais de Amsterdam. Mal sabia ele que tínhamos acabado de passar o dia olhando para quantidades assustadoras de Tulipas...

Um comentário:

Anônimo disse...

Carla querida,
Viajar em suas palavras é uma delícia! Escreva sempre, muito... e cada vez mais! Você realmente tem o dom!
Um grande beijo,
Cilia