Cidade adormecida...

Ao contrário do que possa parecer, a falta de notícias não é fruto de uma rotina acelerada de festas e viagens. Essa realidade, vivida até semana passada, ficou para trás. Pelo menos, por enquanto. A verdade é que a cidade morreu. Não há mais convívios, as noites de terça e quinta murcharam e as pessoas resolveram se relacionar mais com os livros do que uns com os outros. Confesso que, apesar de todos os avisos sobre esse fenômeno social, não acreditava que seria tão intenso. Festas, agora, só de alunos estrangeiros que têm uma rotina de exames menos puxada do que a dos conimbricenses e, independente disso, querem aproveitar cada minuto em Coimbra.

Entrei no ritmo e comecei os trabalhos de cinema e os estudos para o exame de Literatura. Mesmo decidida a abandonar a cadeira - aqui ou quando chegar à PUC - passei a última semana nas bibliotecas e com livros a tiracolo. Impossível negar minha vocação para nerd... Mais impossível ainda é não considerar maluca uma professora que consegue aplicar uma prova para apenas três alunas, quando a turma tem mais de 20. Por causa dela talvez tenha prova em julho, quando julgava com certeza quase absoluta já estar de férias. Depois que forem cumpridas as obrigações acadêmicas volto à ativa. E quem sabe, assim, o blog ganhe um pouco mais de ação...

Olhando para a cidade agora, só consigo pensar em como isso estará daqui a um mês, quando a maior parte dos estudantes já deverá ter ido embora. Com pouco mais de dois meses pela frente, tento planejar algumas últimas viagens para não restar como uma das únicas habitantes na zona do Mondego. Algumas incursões por território português, Santiago de Compostela, sul da Espanha e Itália são destinos praticamente certos. As últimas visitas aos familiares do lado de cá também fazem parte do roteiro pré-partida. O dia 10 de agosto, por sinal, começa a ser aguardado com mais vontade do que nos últimos tempos. Seja pela sonolência que toma conta de Coimbra, pela saudade renegada ao longo do ano ou por cansaço acumulado, finalmente começo a ter vontade de chegar ao Galeão... Quem diria?